Nossa História

Fundado em 20 de Setembro de 1925, o Clube Atlético Valinhense (CAV) possui uma trajetória de glórias.

Em setembro de 1925 nascia um novo clube na cidade de Valinhos, deixando poucos rastros além de alguns relatos e a ata da reunião desse dia histórico, no entanto os frutos deste gesto pioneiro ainda fazem parte do cotidiano da família Caveana.

A origem humilde de um clube de futebol, que em sua reunião de fundação não tinha nome, passou posteriormente a ser chama Esporte Clube Valinhense e, posteriormente como é chamado hoje: Clube Atlético Valinhense.

Seu primeiro campo – ground – como conhecido na época, na Rua Senador Feijó, construído com o esforço de jogadores, dirigentes e da sociedade da Vila de Valinhos já era mostra da união do Clube com a sua comunidade.

A transferência do Valinhense para o bairro da Vila Santana, reafirmou os laços entre o povo da vila e a equipe alvinegra, símbolo de dedicação e vitórias. Nesse campo, novamente construído pela comunidade local, o alvinegro começou a deixar seu nome marcado entre as principais agremiações de Campinas e região. E no ano de 1938, com a mudança do seu nome, o Clube passava a ser chamado de Clube Atlético Valinhense.

Nessa época, o CAV conseguiu reunir em sua equipe de futebol, atletas tão valorosos que os resultados deste time e seu nome ficaram gravados na nossa história, o temido ‘Esquadrão Fantasma’, nome dado pelo Jornal “A Gazeta Esportiva”. A rapidez em fazer gols trouxe ao Clube, o tetracampeonato regional, o bicampeonato da Liga Campineira de Futebol e ainda imortalizou e revelou uma série de atletas do Valinhense para o futebol brasileiro.

Porém, o Valinhense precisou se mudar diante à necessidade da entrega do campo da Vila Santana (local da atual igreja de Sant´Anna).

A agremiação precisou se reinventar, e, em um projeto arrojado, em que a venda de parte do terreno aos sócios pagaria a área restante do clube, o CAV se instalou novamente no centro da cidade, local atualmente ocupado pela rodoviária.

Nesses anos, o Clube Atlético Valinhense expandiu sua vocação, edificou seu Salão Social que se tornou o centro das festividades da comunidade valinhense, ao receber aniversários, bailes e festas, como a Festa do Figo de 1961, e por fim, a construção de uma piscina voltada ao público infantil.

Em 1964, porém, foi um ano de notícias tristes e momentos de insegurança para o Clube, pois foi feito um pedido de desapropriação da área a mando da prefeitura.

Mas, novamente, a vocação do CAV em seguir em frente falou mais alto, e com perseverança, seus gestores chegaram a um acordo junto à prefeitura e, assim, a chácara São Luiz, na época, propriedade da família Setubal, encontrou sua nova morada.

A sede da Vila Embaré, onde hoje encontra-se o Clube, foi inaugurada em 1970, sob o nome de “Sede de Verão”, em um evento que aconteceu no dia 31 de dezembro e contou com a presença do então Prefeito Luiz Bissoto, o Monsenhor Bruno Nardini, grande entusiasta e figura histórica do Clube, e com shows dos artistas da Jovem Guarda. Naquele momento o clube contava basicamente com o Salão Social e o sonho de um futuro glorioso.

Posteriormente, o Clube só cresceu. Sua primeira piscina foi construída por Osvaldo dos Santos. Norival Spadaccia deu início ao projeto de terraplanagem para a construção das quadras poliesportivas e de tênis, e desde então o Clube prospera nas mãos de quem, além de ter crescido nele, quer vê-lo se desenvolver e aprimorar cada vez mais, sem esquecer de suas raízes.

MEMORIAL JOSÉ MOISÉS BARBARINI

O Memorial José Moisés Barbarini nasceu pelo sentimento de sócios, diretores e presidentes de que a história e a memória Caveana não poderiam se perder. Muitas pessoas que guardavam em suas casas fotos, camisas, medalhas, adereços e outros objetivos relacionados ao clube, preservavam também parte dos 90 anos do Clube Atlético Valinhense.

Quando o Presidente Wilson Frata, ao reformar as secretarias do clube vislumbrou a possibilidade de um museu, começou o projeto com a participação de muitas pessoas. Todos unidos para contar a história do clube.

Sob o acompanhamento atento do presidente e direção de Adhemar Silveira Junior (Biau), o ritmo de trabalho foi intenso até a inauguração. A responsabilidade de organizar um imenso acervo fotográfico, de jornais e revistas, livros atas e documentos, para que pudessem contar a história de uma instituição cheia de vida e marcada pelos vínculos de amizade e companheirismo não foi uma tarefa fácil. Assim, as pessoas que viveram no clube em outros tempos têm papel fundamental, como aqueles que se lembraram das histórias da Vila Santana, do Esquadrão Fantasma, dos sócios que contaram como eram os bailes na época da Rodoviária, como o clube cedia seu campo para as aulas de educação física da rede municipal e também como o técnico V8, apesar de nunca ter sido jogador profissional chutava como poucos uma bola. Segredos que os documentos não contam, mas que tomam vida através das memórias.

As escolhas da exposição de inauguração do museu respeitaram este saber dos próprios sócios, diretores e presidentes sobre os marcos da história Caveana, simbolizada sempre pela superação e recomeços, mas também pelas amizades e vontade de vários sócios em manter vivo o legado das gerações passadas.

O Memorial José Moisés Barbarini é a homenagem às gerações passadas pelos seus esforços, mas também é o retrato de como esses homens e mulheres fizeram a história do Clube Atlético Valinhense, enquanto se divertiam, praticavam esportes, dançavam e festejavam entre amigos.